De acordo com Umberto Eco, em sua célebre obra Como se faz uma tese, de (2014), já na
sua 25ª edição revista e atualizada, em
geral, citam-se muitos textos alheios numa Tese: o texto objeto do trabalho, ou
fonte primária, e a literatura crítica sobre o assunto, ou as fontes
secundárias. Portanto, as citações são praticamente de dois tipos:
a)Cita-se
um texto para ser interpretado;
b)Cita-se um texto em apoio a nossa interpretação.
b)Cita-se um texto em apoio a nossa interpretação.
Para facilitar o trabalho aos mestrandos e doutorandos, Eco, elenca as dez regras a se ter em conta quando se faz uma cotação.
1ª regra – os textos-objeto de análise interpretativa são citados
com razoável amplitude;
2ª regra - os textos da literatura crítica só são citados quando,
com sua autoridade, corroboram ou confirmam uma afirmação nossa;
3ª regra – a citação pressupõe que a ideias do autor citado seja
compartilhada, a menos que o trecho seja precedido e seguido de expressões
críticas;
4ª regra – de todas as citações devem ser claramente reconhecíveis
o autor e a fonte impressa ou manuscrita. Esse reconhecimento pode dar-se de
várias maneiras:
a)Com
chamada e referência em nota, principalmente quando se trata de autor
mencionado pela primeira vez.
b)Com
o nome do autor e a data da publicação da obra entre parêntesis, após a
citação;
c)Com
simples parêntesis, em que se menciona o número da página quando o capítulo ou
toda a tese tratam da mesma obra e do mesmo autor.
5ª
regra – as citações de fontes primárias, devem de preferência, serem
colhidas da edição mais conceituada;
6ª regra – quando se estuda um autor estrangeiro, as citações devem
ser na língua original. Essa regra é taxativa em se tratando de obra
literárias. Nesse caso é útil seguir a tradução entre parêntesis ou em nota.
7ª regra – a remissão do autor e à obra devem ser clara para
entender-se o que queremos dizer;
8ª regra – quando uma citação não ultrapassa duas ou três linhas,
pode-se inseri-la no corpo do parágrafo entre aspas duplas;
9ª regra - as citações devem ser fiéis:
Primeiro – devem transcrever as palavras tal como estão;
Segundo – nunca se deve eliminar partes do texto sem que isso seja
assinalado;
Terceiro – jamais fazer interpolações: qualquer comentário,
esclarecimento ou especificação devem vir entre colchetes.
10ª regra – citar é como testemunhar num processo. Precisamos estar
sempre cm condições de retomar o depoimento e demonstrar que é fidedigno. Por isso,
a referência deve ser exata e precisa.
Referência:
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 25ª edição. Tradução
Gilson Cesar Cardoso Souza. - São Paulo: Perspectiva 2014. -(Coleção estudos;
85).
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