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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Métodos de investigação


Os métodos esclarecem os procedimentos que deverão ser seguidos no processo de investigação científica dos fatos da natureza e da sociedade. São, pois, métodos desenvolvidos a partir de elevado grau de abstração que possibilitam ao pesquisador decidir acerca do alcance de sua investigação, das regras de explicação dos fatos e da validade de suas generalizações.

Podem ser incluídos neste grupo os métodos:
- dedutivo;
- indutivo;
- hipotético-dedutivo;
- dialético e fenomenológico.

Cada um deles vincula-se a uma das correntes filosóficas que se propõem a explicar como se processa o conhecimento da realidade.

A adoção de um ou outro método depende de muitos fatores: da natureza do: objeto que se pretende pesquisar, dos recursos materiais disponíveis, do nível de abrangência do estudo e sobretudo da inspiração filosófica do pesquisador.


O Método Científico e os Tipos de Pesquisa



Referência: 
GIL, Antonio Carlos, Métodos e técnicas de pesquisa social / Antonio Carlos Gil. - 6. ed. - São Paulo : Atlas, 2008.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Como e quando citar: 10 regras



De acordo com Umberto Eco, em sua célebre obra Como se faz uma tese, de (2014), já na sua 25ª edição revista e atualizada, em geral, citam-se muitos textos alheios numa Tese: o texto objeto do trabalho, ou fonte primária, e a literatura crítica sobre o assunto, ou as fontes secundárias. Portanto, as citações são praticamente de dois tipos:     



a)Cita-se um texto para ser interpretado;

b)Cita-se um texto em apoio a nossa interpretação.    

Para facilitar o trabalho aos mestrandos e doutorandos, Eco, elenca as dez regras a se ter em conta quando se faz uma cotação.


1ª regra – os textos-objeto de análise interpretativa são citados com razoável amplitude;

2ª regra - os textos da literatura crítica só são citados quando, com sua autoridade, corroboram ou confirmam uma afirmação nossa;

3ª regra – a citação pressupõe que a ideias do autor citado seja compartilhada, a menos que o trecho seja precedido e seguido de expressões críticas;

4ª regra – de todas as citações devem ser claramente reconhecíveis o autor e a fonte impressa ou manuscrita. Esse reconhecimento pode dar-se de várias maneiras:

a)Com chamada e referência em nota, principalmente quando se trata de autor mencionado pela primeira vez.
b)Com o nome do autor e a data da publicação da obra entre parêntesis, após a citação;
c)Com simples parêntesis, em que se menciona o número da página quando o capítulo ou toda a tese tratam da mesma obra e do mesmo autor.   

5ª regra – as citações de fontes primárias, devem de preferência, serem colhidas da edição mais conceituada;

6ª regra – quando se estuda um autor estrangeiro, as citações devem ser na língua original. Essa regra é taxativa em se tratando de obra literárias. Nesse caso é útil seguir a tradução entre parêntesis ou em nota.

7ª regra – a remissão do autor e à obra devem ser clara para entender-se o que queremos dizer;

8ª regra – quando uma citação não ultrapassa duas ou três linhas, pode-se inseri-la no corpo do parágrafo entre aspas duplas;

9ª regra - as citações devem ser fiéis:

Primeiro – devem transcrever as palavras tal como estão;
Segundo – nunca se deve eliminar partes do texto sem que isso seja assinalado;
Terceiro – jamais fazer interpolações: qualquer comentário, esclarecimento ou especificação devem vir entre colchetes.

10ª regra – citar é como testemunhar num processo. Precisamos estar sempre cm condições de retomar o depoimento e demonstrar que é fidedigno. Por isso, a referência deve ser exata e precisa.

Referência:
ECO, Umberto. Como se faz uma tese. 25ª edição. Tradução Gilson Cesar Cardoso Souza. - São Paulo: Perspectiva 2014. -(Coleção estudos; 85).